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Bispo emérito Antônio Zuqueto é sepultado na cripta da catedral de São Pedro em Teixeira de Freitas

Uma multidão de fieis de religiosos acompanhou a missa solene de despedida do religioso mais admirado e respeitado dos últimos 33 anos na região, o bispo Dom Antônio Eliseu Zuqueto, de 88 anos de idade e com 66 anos dedicados ao sacerdócio, primeiro bispo e emérito da Diocese Teixeira/Caravelas, que recebeu uma homenagem merecida, bela e póstuma na manhã desta quinta-feira, dia 25 de agosto de 2016. Ele foi sepultado no Jazigo dos Bispos, na cripta da nova Catedral de São Pedro, no bairro Teixeirinha, na região central da cidade de Teixeira de Freitas, onde sua imortalidade será posteriormente aberta para visitação.

A celebração foi comandada pelo atual bispo diocesano da Diocese Teixeira/Caravelas, Dom Carlos Alberto dos Santos. A celebração de despedida do Dom Antônio Zuqueto contou com a presença de dezenas de padres e freis baianos, mineiros e capixabas, também estiveram presentes o Bispo Dom José Edson Santana Oliveira (Diocese de Eunápolis) e o Bispo Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias (Diocese de Colatina).

Uma multidão ocupou todo o espaço da igreja para acompanhar a despedida do primeiro bispo que a região conheceu e do religioso mais honrado e querido da população regional. Foram centenas e centenas de homenagens expostas, faladas e cantadas em homenagem a biografia, a obra e a sua imortalidade que será historicamente visitada para o resto da vida na cripta dos bispos que fica no subsolo da sacristia da Catedral e onde ao longo da história permanecerão os restos mortais de outros bispos e padres da diocese.

A urna fúnebre do Dom Antônio Zuqueto foi conduzida por padres que foram ordenados por ele. Na hora da cerimônia de sepultamento na cripta dos bispos (local de tamanho reduzido em vista do tamanho do público presente), entraram apenas os sacerdotes e familiares, já os fieis acompanharam a cerimônia via telão instalado no altar da igreja.

Dom Antônio Eliseu Zuqueto faleceu no início da manhã de terça-feira, 23 de agosto de 2016, em um leito do Hospital da Unimed, em Colatina, cidade do Vale do Rio Doce, na Mesorregião Noroeste do Estado do Espírito Santo. Com 88 anos e com a saúde necessitando de mais cuidado, Dom Antonio Zuqueto estava vivendo com a família em Marilândia, cidade capixaba vizinha há 16 quilômetros de Colatina. Há duas semanas ele estava internado em Colatina e por volta das 09h30 de terça-feira (23), o seu óbito foi confirmado tendo como causa morte incapacidade respiratória e insuficiência renal aguda (falência renal).

No final da tarde desta terça-feira (23), a diocese capixaba celebrou uma missa de corpo presente, presidida pelo arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela, na Igreja Matriz de Nossa Senhora Auxiliadora, em Marilândia. O corpo de Dom Antônio Zuqueto chegou à nova Catedral de São Pedro em Teixeira de Freitas, logo na primeira hora da amanhã de quarta-feira (24/08). Por onde foram realizadas ininterruptas missas de corpo presente e orações, onde milhares de fies e pessoas de toda região passaram por estes últimos dois dias para se despedir do santo padre que dedicou toda a sua vida a igreja católica e relevantes serviços prestou a região nos seus 22 anos de episcopal em que dirigiu a Diocese Teixeira/Caravelas.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB – Regional Nordeste 3) comunicou o falecimento do bispo emérito da Diocese de Teixeira/Caravelas, Dom Antônio Eliseu Zuqueto, com uma nota de pesar. No texto, é lembrada sua importante atuação na Igreja, principalmente nas ocasiões em que presidiu instituições religiosas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e a diocese Caravelas/Teixeira. A nota ainda roga a Deus que “seja-lhe dado participar das alegrias eternas, vida dos que praticaram o bem”. “Rogamos ao Pai Celestial, que acolha este nosso irmão na morada eterna. Dom Antônio Eliseu Zuqueto morreu no Senhor por quem consumiu a própria vida. ’Em nome do Senhor’”.

Biografia:

Dom Antônio Eliseu Zuqueto nasceu no dia 29 de abril de 1928, em Resplendor, cidade do Vale do Rio Doce, no extremo leste do Estado de Minas Gerais, mas foi criado na cidade vizinha de Marilândia, no extremo oeste do Estado do Espírito Santo, onde seus familiares estão radicados até os dias atuais. Formou-se em Teologia e Filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Em 19 de março de 1955, aos 26 anos de idade, foi ordenado frei servindo como Sacerdote da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos de Santa Teresa, na região serrana do Espírito Santo. Foi pároco em Colatina e na sua segunda terra natal “Marilândia-ES”. No dia 14 de março de 1980, foi nomeado bispo auxiliar da Diocese da Igreja Católica de Teófilo-Otoni, na região nordeste de Minas Gerais, onde permaneceu até 1983 e deixou o cargo já ordenado bispo titular.

No dia 8 de junho de 1980, recebeu a ordenação episcopal na cidade de Itambacuri, na região Vale do Rio Doce, leste do Estado de Minais Gerais. Acolhendo como divisa sagrada da sua vida sacerdotal, a fase: “Ipse Nostra Pax” (Cristo é nossa paz). Ainda exerceu inúmeras atividades eclesiais como pároco, formador, vice-provincial.

Em sua vida dedicada a Deus e a Igreja Católica, Dom Antônio Eliseu Zuqueto ocupou o cargo de pároco e de vice-reitor do Seminário Menor, em Santa Tereza, na região serrana capixaba. Foi superior e vigário em Conceição do Mato Dentro, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Foi Primeiro Conselheiro da Custódia da Arcodiocese do Rio de Janeiro. Superior e Vigário em Itambacuri-MG. E foi vice-provincial e vigário da Paróquia São Sebastião, da capital do Rio de Janeiro.

No dia 18 de abril do ano de 1983, houve a transferência do bispo Filippo Tiago Broers, onde já estava desde 3 de maio de 1963 dirigindo a Igreja Católica nos 21 municípios do extremo sul da Bahia, com sede em Caravelas. Oportunidade que a sua santidade o Papa João Paulo II, assinou o decreto denominado de “Sacra Congregation Pro Episopis” que transferia de Caravelas para a cidade de Teixeira de Freitas a sede regional administrativa da Igreja Católica e passaria a ter base em apenas 13 municípios do extremo sul da Bahia. Porque na época foi também criada uma nova Diocese na cidade de Eunápolis com base nos outros 9 municípios do extremo sul.

A Diocese de Caravelas passaria a se chamar a partir daquela data “Diocese Teixeira/Caravelas”. 74 dias depois, no dia 2 de julho de 1983, feriado da independência da Bahia, assumia oficialmente como o primeiro bispo de Teixeira de Freitas e dirigente superior da Igreja Católica na Diocese Teixeira/Caravelas, o bispo Dom Antônio Eliseu Zuqueto.

Dom Antonio Zuqueto dirigiu a Diocese Caravelas/Teixeira até o dia 26 de julho de 2005. Aos 78 anos de idade, deixou o cargo na época, após 22 anos dirigindo a diocese, para se aposentar e foi outorgado pelo Vaticano com o título de Bispo Emérito da Diocese Teixeira/Caravelas. O seu lugar foi ocupado pelo bispo sergipano Dom Carlos Alberto dos Santos que por ocasião da sua morte lhe faz a mais bela homenagem ao lhe sepultar na cripta dos bispos da nova Catedral Basílica de São Pedro.

O bispo emérito Dom Antônio Eliseu Zuqueto falece aos 88 anos e além de ter sido o primeiro bispo de Teixeira de Freitas ele é o primeiro bispo emérito a ser sepultado no Jazigo dos Bispos, na cripta da nova Catedral de São Pedro, onde passa a ter o seu nome imortalizado na história. Por honra e glória, foram mais de duas décadas celebrando as mais acentuadas cerimônias e festividades religiosas em favor da paz de espírito das pessoas em toda região por intermédio da Igreja Católica, especialmente em Teixeira de Freitas, cidade onde ele já havia escolhido em vida, para ser sepultado quando morresse.
Em 22 anos administrando a Diocese Teixeira/Caravelas, criou várias paróquias, ordenou dezenas de sacerdotes, promoveu construções nas paróquias, deu impulso aos meios de comunicação social e da pastoral vocacional. Aglutinou o clero e fortaleceu os leigos, motivou as igrejas e cativou os movimentos. Criou planos de evangelização e formação cristã da diocese. E de fato escreveu a história da igreja católica no extremo sul da Bahia de maneira singular.

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