1994


Livro publicado quatro vezes e venceu o Prêmio Imprensa Bahia 1994, Prêmio Bepan de Jornalismo 1994, Popita XXI de Jornalismo 1994 e Menção Honrosa da Polícia Civil do Estado da Bahia em 1996. Foi a segunda obra mais vendida dos anos de 1994 e 1995 no Estado da Bahia, atrás apenas do livro “A descoberta da América pelos Turcos” de Jorge Amado.

Tiro e Dor em Silêncio

O livro “Tiro e Dor em Silêncio” nasceu de um trabalho de investigação policial que durou mais de 5 anos. A obra traz no seu primeiro momento a violência doméstica, relatos da história do crime organizado, prostituição de menores e as ocorrências policiais mais violentas registradas no período de janeiro de 1989 a junho de 1994, na região do extremo sul da Bahia. A arquitetura literária é a segunda obra do autor Athylla Borborema que trouxe histórias polêmicas no mundo criminal que marcaram épocas e os momentos de dor nas cidades do extremo sul baiano.

O que mais surpreende na obra são os episódios descritos sobre violência contra à mulher, em um período que as discussões sobre o assunto eram bem ausentes das academias penais, da seara policial e nem existia leis brasileiras especificas, tanto que a primeira lei federal que veio estipular punição adequada e coibir atos de violência doméstica contra a mulher, somente surgiu 12 anos após a publicação do livro, quando passou a vigorar em 22 de setembro de 2006, a Lei Maria da Penha.

E somente 20 anos e 6 meses depois da publicação do “Tiro e Dor em Silêncio” em 9 de março de 2015, foi publicada a Lei nº 13.104, que alterou o Artigo 121 do Código Penal Brasileiro, passando a prever o feminicídio como circunstâncias qualificadoras do crime de homicídio e, no mesmo norte, foi inserido no rol de crimes hediondos, quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima.

O livro “Tiro e Dor em Silêncio” foi publicado ao participar de uma mostra literária nos dias 9, 10 e 11 de setembro de 1994 na Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Mas o seu lançamento oficial ocorreu numa belíssima cerimônia no espaço da extinta Loja Lafe Espuma, na Avenida Brasil, em Itamaraju – Bahia. O lançamento do livro “Tiro e Dor em Silêncio” ocorreu na noite de quinta-feira do dia 29 de setembro de 1994, no dia que o seu autor Athylla Borborema completou 24 anos de idade.

O livro policial “Tiro e Dor em Silêncio” foi a primeira obra do gênero a ser lançada no extremo sul baiano narrando as histórias dos misteriosos crimes contra a vida na época da pistolagem na costa do descobrimento do Brasil e marcou uma geração de profissionais tanto do jornalismo quanto da literatura. O livro na ocasião ganhou o Prêmio Imprensa Bahia 1994, o Prêmio Bepan de Jornalismo 1994, o Popita XXI de Literatura 1994 e ganhou em 1996, uma Menção Honrosa da Polícia Civil do Estado da Bahia.

O “Tiro e Dor em Silêncio” que conta a história de crimes por encomenda sem castigo e a facilidade com que agem os grupos de extermínio no extremo sul baiano, de autoria do jornalista Athylla Borborema, foi na época um estrondoso sucesso de vendas, relatando as estatísticas de crimes contra a vida na costa do descobrimento do Brasil, tanto que foi a segunda obra mais vendida no segundo semestre de 1994 no Estado da Bahia, quando chegou-se a 14ª edição e só ficou atrás do livro “A descoberta da América pelos Turcos” do saudoso e internacionalmente festejado romancista Jorge Amado.