2013

ISBN 978-85-464-0523-7


Livro ganhador do Prêmio Imprensa de Literatura Bahia; da Medalha Barão de Ayuruoca, outorgada pela Associação Cultural Barão de Ayuruoca; Medalha Noel Rosa de Literatura; Medalha de Mérito Comemorativa pelo 5º ano de fundação da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes; levou o seu autor a receber o Título de Notório Saber Cultural; homenageado em Madri pela admissão da sua historiografia literária na Enciclopédia Luso-Espanhola de Grandes Artistas e homenagem Poética Biográfica” durante a 18ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro.

Os Melhores Poemas de ABC

O livro “Os Melhores Poemas de ABC” foi publicado pela primeira em 2013 e ganhou nova edição atualizada em 2017 e trata-se de uma obra que surgiu após um grupo de críticos coordenado pelo jornalista e poeta baiano Almir Zarfeg, ter reunido as poesias mais premiadas e mais interessantes do autor Athylla Borborema e organizado uma obra especifica com os seus melhores poemas em um ano de turbulência acadêmica na vida do autor, quando se preparava para apresentar a defesa pública que o levaria a obtenção do título de mestre em jornalismo científico no final de 2013. E assim prefaciou o organizador da obra Almir Zarfeg:

O que me motivou a organizar esta seleção dos melhores poemas de Athylla Borborema foi o prazer (muito mais do que a necessidade) de reconhecer o esforço com que ele tem se dedicado à poesia nos últimos anos. Desse esforço, surgiram, por exemplo, os livros “Folia das Palavras”, “A Fome que me Comia”, “O Capoeirista das Palavras”, “Menino da Roça”, “O Poeta que Comprou o Mar”, “Um Gole D’Água” e “O Poeta que não Conseguiu Morrer” – cuja elaboração e publicação eu acompanhei de perto e, portanto, sou testemunha desse esforço poético. Mais que isso, estou pronto para dar o meu testemunho amistoso e, sobretudo, literário.

A mim me motivou também a necessidade (isso mesmo) de levar o melhor da poesia borboremiana ao ilustre leitor, razão de ser de todo e qualquer esforço artístico. Pois bem, em “Folia das Palavras” Athylla Borborema se nos apresenta como poeta pela primeira vez. Coube a mim, no prefácio, por ocasião, dar as boas-vindas à obra que, se por um lado, era a despretensão em forma de verso; do outro lado, constituía sinal inequívoco de que alguém estava disposto a trilhar o caminho árduo e, quase sempre, não recompensador de ser poeta – neste país chamado Brasil.

Quando afirmo que se dedicar à poesia é tarefa inglória – entendam –, não me refiro a retorno financeiro (isso não existe), mas, especialmente, à falta de interesse e preparo do público. Esse déficit, por sua vez, tem a ver com o binômio incompetência e/ou falta de boa vontade dos professores e do sistema educacional. Temos que reconhecer, contudo, que Athylla foi muito feliz com “Folia das Palavras”, de modo que conseguiu e continua conseguindo dar o seu recado lírico e social, agradando a todos que tiverem a oportunidade de conhecer sua obra de estreia. Os poemas “Brisa” e “Quilombo” corroboram essa afirmação perfeitamente.

Em “A Fome que me Comia”, acentua-se ainda mais o lado políticossocial da poesia de Athylla, como o leitor poderá observar lendo os onze poemas selecionados por mim, ainda que a maioria dos textos traga a marca do eu lírico. Trata-se dos mesmos poemas que escolhi antes para participar de uma antologia com onze poetas brasileiros, organizada e editada para um projeto em celebração a literatura em Belo Horizonte em que eu também participei da antologia.

“O Capoeirista das Palavras” também prefaciado por mim, é uma obra pensada e realizada em prol da causa da capoeira, vista pelo poeta como Arte no sentido mais excelso e sublime da palavra, enquanto dança, fúria e memória. Ao mesmo tempo, o livro traz no seu bojo a metáfora do fazer poético e, portanto, metapoético: o artista da palavra é e será sempre um capoeirista das palavras.

Em “Menino da Roça”, Athylla revisita sua infância repleta de bucolismo e lembranças e, na volta, brinda o leitor com muitas histórias. Seu testemunho, alimentado pelo saudosismo e pela memória afetiva e fotográfica, explode em versos de grande beleza. Mais uma vez, o eu lírico tem a posse do cavalo alado e o leitor é imensamente recompensado. A temática (familiar e rural), o ritmo (viva a viola!) e a informalidade (beirando a oralidade) fazem de “Menino da Roça” uma delícia de se ler, interagir e saborear. Quem disse que poesia não é um santo remédio?

“O Poeta que comprou o Mar” retrata a paixão de Athylla pelo mar, ele que é tão íntimo das areias, ondas e falésias. Cidadão do mundo e do balneário de Cumuruxatiba, o poeta domina como poucos a temática marítima, apanágio herdado não só da ancestralidade, mas também dos grandes nomes da cultura baiana como Jorge Amado e Dorival Caymmi. Num dos poemas mais representativos do livro, “Comprei o Mar”, o poeta não se faz de rogado e escreve: “Queria a eternidade / Então comprei o mar”.

Em “Um Gole D’água” predominam os temas e motivos relativos à natureza: água, chuva, rio, homem, terra, pássaro, amor, etc. Nesta obra – e não poderia ser diferente – o artista se revela muito preocupado com o futuro do planeta e manda o seu recado: é preciso preservar, cuidar e proteger a natureza! Essa mensagem, mais que poética, é didática e política. A palavra de ordem, portanto, é PRESERVAÇÃO! Até porque – prestem atenção – o “poeta é uma gota d’água”. E o mundo vasto mundo, como poetou Drummond.

“O Poeta que não Conseguiu Morrer” traz uma série de poemas avulsos e, por
consequência, de temática variada. Mas o que chama a nossa atenção, de modo especial no livro, é a evolução de Athylla Borborema como operário do verso. O poeta – que progressivamente vinha se libertando das rimas óbvias e infinitivas, agora, senhor
de si e cioso do fazer poético – se mostra mais à vontade com o verso livre. Experimentador. Trata-se de uma conquista que, com o tempo, tenderá a se
tornar mais visível e relevante. Portanto, fica registrada aqui a minha expectativa em relação à poesia borboremiana, que deverá surpreender a todos com maturidade crescente nos próximos anos.

Resolvi incluir também nesta seleção o poema “¡Loco por tí, Brasil!”, escolhido para participar da 5ª edição da antologia bilíngue “Palavras sem Fronteiras”, editada pela Associação Internacional de Escritores e Artistas, lançada em setembro de 2016 na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, capital federal da Argentina.

Por último, mas não menos importante: estes melhores poemas de Athylla Borborema são fruto da nossa escolha e do meu bel-prazer. Também são resultado da minha experiência poética e artística em geral e – especificamente – do meu contato com a poesia do autor que – além de jornalista, radialista, documentarista e publicitário, é membro de pelo menos 10 academias de letras no Brasil e no exterior. Que o leitor faça sua melhor leitura e, como eu, tire suas conclusões. Forte abraço.

O livro “Os Melhores Poemas de ABC” ganhou o Prêmio Imprensa de Literatura Bahia; a Medalha Barão de Ayuruoca, outorgada pela Associação Cultural Barão de Ayuruoca, em Búzios-RJ; Medalha Noel Rosa de Literatura, concedida pelo CONINTER – Conselho Internacional dos Acadêmicos de Ciências, Letras e Artes e pelo Instituto Comnène Palaiologos de Educação e Cultura, em Caraguatatuba, SP; Medalha de Mérito Comemorativa pelo 5º ano de fundação da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes no Rio de Janeiro.

Levou ainda o autor Athylla Borborema a receber o Título de Notório Saber Cultural, conferido pela Prefeitura Municipal de Niterói e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; homenageado em Madri pela admissão da sua historiografia literária na Enciclopédia Luso-Espanhola de Grandes Artistas; e a “Homenagem Poética Biográfica” durante a 18ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, da Editora PerSe e da Associação Internacional de Escritores e Artistas pelo conjunto da obra “Melhores Poemas de ABC” em festiva cerimônia literária na tarde do dia 2 de setembro de 2017, no Riocentro.