2001

(ISBN 978-85-464-0305-9).


Lançado pela primeira vez em 2001, o “Menino da Roça” venceu o Prêmio “Destaque Cultural” no Rio de Janeiro; Medalha do Mérito Litero-Cultural da Academia de Letras do Brasil; Troféu Barão de Ayuruoca em Mar de Espanha-MG. E rendeu ao seu autor o Prêmio “Embaixador da Paz” no Rio de Janeiro. Caipira criado no mato Na lida dura da enxada No alto do cerrado Ao som do canto do galo A benção da mãe Modelo de bom senso No auge da sabedoria rural Ainda haverá de enxergar O homem da cidade Fazendo o caminho contrário Fugindo da capital Indo buscar morada Sob a brisa da zona rural.

Menino da Roça

O livro “Menino da Roça” foi publicado pela primeira em 2001 e relançado em 2016 e trata-se de uma obra que reúne poemas com multiplicidade de temas, contudo, sempre homenageado eventos e coisas do campo, personagens da roça e da vida rural. E é um livro para leitores de preferências diversas em qualquer idade. Impressiona no seu autor e a outros, apenas o fato de carregar desde menino na sacola a habilidade de se expressar e montar seus versos singelos como denunciam as suas poesias sem ter tido em quem se espelhar.

Athylla Borborema começou fazendo escritos quando criança e na adolescência, feitos como que por brincadeira, apenas para se divertir. Enfim, são poesias para todos os momentos, que provocam no leitor as mais variadas reações, desde simples descontração a profundas emoções e deleite espiritual, amor pelos animais e saudades das suas origens. Sua poesia flui naturalmente, assim como uma conversa ao pé da orelha ou no escuro da escada. E por fluir naturalmente, torna-se mais verdadeira e mais consistente.

“Sei que meus poemas não causam tempestades” são denotações irrepreensíveis pelo alto grau de sublimação que o poeta sugere em sua metapoesia despretensiosa e casual, como dito antes, feito conversa ao pé da orelha. Mas entende-se que poemas assim a gente não traduz, apenas sente através da vibração da alma e do pulsar do coração. Com todo o perdão dos sábios, mas acho bom! Poesia nos excita, ela surge e vai indo como se estivesse voando como uma pita sobre um largo. Bom é ser simples, como um largo de igreja.

Poucos conseguem fazer líricos em língua portuguesa com tantos significados com a força de poemas em que minuta o poeta modernista Almir Zarfeg, que escreve lecionando a língua portuguesa, autor de capacidade singular e um dos maiores videntes da literatura brasileira. Poeta é isso, poeta é quem inventa em boa improvisação como faz o paraibano Jessier Quirino, o pernambucano Maciel Melo, como fizeram Dimas Batista e Otacílio seu irmão, como faz qualquer violeiro e bom cantador do sertão.

O verso é um luxo, a poesia é quase um discurso a interromper a matraca, reforça pelo avesso a pregação permanente da ideologia da escassez, que nos leva na obra poética à exposição da carência como forma de verter até a última gota do vinho amargo no cálice da paixão. O ser humano pode não ser rico, mas se ele tiver na bagagem a leitura será mais que isso, será um sábio. A sabedoria, sem dúvida, é grandiosa, é tudo na vida, não na morte.

Por todas essas razões, nasceu o livro “Menino da Roça” de Athylla Borborema, certo de que cada leitor será envolvido pelas poesias multifacetadas deste livro, identificando-se mais com essa ou aquela, dependendo do estilo e preferência de cada um. Assim espero que todos que percorrerem pelas páginas deste livro lace a essência pura e singular que este escrevedor transpôs embriagado de inspirações exercitando seu mimoso talento de poeta.

O livro “Menino da Roça” venceu o Prêmio “Destaque Cultural” concedido pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos no Rio de Janeiro; A Medalha do Mérito Litero-Cultural, outorgada pela ALB – Academia de Letras do Brasil; O Troféu Barão de Ayuruoca, concedido pela Associação Cultural Barão de Ayuruoca e Prefeitura Municipal de Mar de Espanha/MG. E rendeu ao seu autor o Prêmio “Embaixador da Paz” conferido pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos no Rio de Janeiro.