1997

ISBN 9978-85-464-0008-9


Livro publicado pela primeira vez em 1997 e readaptado em 2016 com a nova realidade do país, foi vencedor do Prêmio de Cobertura Humanitária Internacional concedido pelo CICV - Comitê Internacional da Cruz Vermelha em 1997 e a Medalha de Honra e Reconhecimento Internacional Humanitário, concedida pelo Centro Universitário Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos do Rio de Janeiro 2016.

Infância Violentada

O “Infância Violentada” é o segundo livro policial da carreira do jornalista Athylla Borborema, lançado pela primeira vez no ano de 1997 e somente 19 anos depois, no ano de 2016 foi relançado numa revista completamente atualizada narrando o avanço da violência contra crianças, adolescentes e mulheres, enfim, descrevendo as mais diversas barbáries perpetradas contra o público feminino nos quatro cantos do Brasil. A literatura é uma arte a qual se atribuem diversas funções, dentre elas denúncia e crítica social. Conhecer relatos de iniquidade, desrespeito e dor não é agradável. Toda forma de violência é criminosa, deve ser denunciada e combatida.

Neste livro-reportagem essencial, Athylla Borborema um dos jornalistas do Brasil mais premiados de sua geração, resgata do esquecimento um dos capítulos mais trágicos da nossa história recente: a barbárie e a desumanidade praticadas contra crianças e adolescentes que perderam a vida na inocência da infância para o instinto predador de psicopatas cruéis, trazendo na edição de 1997 fatos dos últimos 7 anos e na edição de 2016, relatos dos últimos 25 anos de pessoas que vivem numa escuridão que dura para sempre e sofrem a violência do abuso sexual durante a vida inteira.

No “Infância Violentada” o jornalista Athylla Borborema é um repórter que luta contra o esquecimento, persiste transformar em história o que era silêncio absoluto, é um construtor de memórias. Mesmo atuando distante dos grandes centros, conseguiu reconhecimento para o seu trabalho de repórter investigativo. E o respeito conquistado em razão da credibilidade deixa-o à vontade para circular nas variadas versões dos acontecimentos, o que traz como resultado ser sempre ele o autor da melhor história. Como verá neste livro, Athylla Borborema entrega ao público o resultado de um grande esforço jornalístico e dedicação pessoal em um encontro de ensinamentos e relatos impressionantes.

O “Infância Violentada” é fruto de um extraordinário trabalho, cuja leitura e aprendizado, temos a certeza, será de grande valia a todos aqueles que buscam uma base sólida na história do jornalístico policial e, sobretudo, sobre um assunto que machuca, instiga, se faz refletir, mais é real. Uma história que muitas vezes coloca o criminoso, o político e a Lei do mesmo lado da cerca. Nesta obra, Athylla Borborema não pretende questionar a ordem jurídica vigente no Brasil, nem os métodos e resultados do trabalho policial e social, mas a verdade é sempre uma faca afiada. “Infância Violentada” dá voz a um grito que, no Brasil, só faz-se calar. Unem-se a tantos outros títulos que diligenciam episódios trágicos de nossa história, produtos de um estado de confusão e violência, cujos ruídos se abafam em meio ao volume de nossas ocupações cotidianas.

Trata-se, portanto, de uma obra de relevante valor forense, que certamente terá a merecida atenção do leitor. Nesta obra o autor que nunca fugiu à luta pelos direitos humanos e a democracia, empurra o processo civilizado na direção democrática saudável para salvar nossas heroínas do esquecimento. Este livro é dedicado a milhares de mulheres, crianças e adolescentes brasileiras que perderam a vida ou a liberdade na inocência da vida e do amor.