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Escritor Athylla Borborema recebe a “Comenda José de Anchieta” e Prêmio “Fomento Cultural” em Vitória

Uma cerimônia acadêmica na noite desta sexta-feira (24/03/2017), na sede do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, no centro de Vitória, marcou a entrega da comenda “Amigos da Educação”, chancelada pelo Ministério da Educação do Brasil e pela Sociedade de Cultura Latina do Brasil, a várias personalidades das letras, oriundas de várias regiões do país.

As comendas foram entregues pelo professor Weber José Vargas Müller e pelo historiador Clério José Borges, presidentes respectivamente da Ong Amigos da Educação e do CTC – Clube dos Trovadores Capixabas, e por diversas outras autoridades representantes de entidades acadêmicas e educacionais do país, inclusive o secretário de estado da Cultura.

Entre os homenageados estão três membros da ATL – Academia Teixeirense de Letras: o presidente da ATL, jornalista e poeta Almir Zarfeg (cadeira 01); o vice-presidente, escritor e jornalista Athylla Borborema (cadeira 02); e a advogada e escritora Gisele Ellen (cadeira 23), em reconhecimento à contribuição de todos eles à educação brasileira por meio das suas obras literárias.

O evento ainda teve o lançamento de 25 livros inéditos de autores de várias partes do Brasil e sediou uma palestra proferida pelo secretário-geral do CTC, Roberto Vasco, sob a temática: “Descoberta e preservação de documentos históricos”.

No dia seguinte, sábado (24/03/2017), os três escritores foram homenageados dentre tantos outros brasileiros numa cerimônia memorável no Teatro Municipal de Vila Velha, cidade da região metropolitana de Vitória, com o Prêmio “Fomento Cultural” da Sociedade de Cultura Latina do Brasil, também em reconhecimento a contribuição de todos eles a cultura brasileira por meio dos seus livros.

Zarfeg levou o prêmio em relevo ao seu livro inédito “Borboletras”. A escritora Gisele Ellen venceu o prêmio em reconhecimento ao seu romance “O Mundo de Emy”. Já Athylla Borborema recebeu o “Fomento Cultural” pelo seu livro “O Poeta que Comprou o Mar”, que homenageia as águas salgadas da sua terra natal (Cumuruxatiba, em Prado).

Ainda no Teatro Municipal de Vila Velha, os jornalistas e escritores Almir Zarfeg e Athylla Borborema receberam a “Comenda José de Anchieta de Grande Benemérito”, concedida pelo Clube dos Trovadores Capixabas e pelo Governo do Estado do Espírito Santo, durante o 3º Encontro Nacional da Sociedade de Cultura Latina do Brasil.

O poeta Almir Zarfeg recebeu a comenda em contribuição ao resgate da memória da sua terra natal (Itanhém) na 4ª edição do seu livro “Água Preta”. E Athylla Borborema recebeu a “Comenda José de Anchieta de Grande Benemérito” em tributo ao seu livro inédito “O Poeta que não Conseguiu Morrer”.

Quem foi José de Anchieta?

José de Anchieta foi um padre jesuíta espanhol, santo da Igreja Católica e um dos fundadores da cidade brasileira de São Paulo e a mais importante personalidade do estado do Espírito Santo, onde viveu os últimos 28 anos da sua vida. Foi beatificado em 1980 pelo papa João Paulo II e colonizado em 2014 pelo Papa Francisco. É conhecido como o “Apóstolo do Brasil”, por ter sido um dos pioneiros na introdução do cristianismo no país. Em abril de 2015, foi declarado copadroeiro do Brasil na 53ª Assembléia Geral da CNBB. Anchieta viveu com a família até aos 14 anos de idade, quando se mudou para Coimbra, em Portugal, a fim de estudar filosofia no Real Colégio das Artes e Humanidades. E a convite do padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, José de Anchieta aportou em Salvador em 13 de julho de 1553, aos 20 anos de idade.

Foi o autor da primeira gramática da língua tupi, e um dos primeiros autores da literatura brasileira, para a qual compôs inúmeras peças teatrais e poemas de teor religioso e uma epopéia. É o patrono da cadeira nº 01 da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis. A sua disposição em caminhar levava a que percorresse, duas vezes por mês, a trilha litorânea entre a então Iriritiba (atual cidade de Anchieta, no sul do Espírito Santo) e a ilha de Vitória, com pequenas paradas para pregação e repouso nas localidades de Guarapari, Setiba, Ponta da Fruta e Barra do Jucu. Até hoje, esse percurso, com cerca de 105 quilômetros, vem sendo percorrido a pé por turistas e peregrinos, pela semelhança do caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.

São José de Anchieta nasceu na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, em 19 de março de 1534. Ele foi o primeiro dramaturgo, o primeiro gramático e o primeiro poeta nascido nas ilhas Canárias. José de Anchieta morreu em 9 de junho de 1597, aos 63 anos, no povoamento litorâneo de Iriritiba que liderou a fundação, onde hoje é a cidade de Anchieta, no sul do Espírito Santo, o qual município foi emancipado em sua homenagem. Os restos mortais de José de Anchieta estão sepultados em Vitória. No território capixaba todos os logradouros públicos e honrarias importantes levam o seu nome. Na cidade espanhola de San Cristóbal de La Laguna há uma imponente estátua de bronze em sua homenagem, trabalho do artista brasileiro Bruno Giorgi, presente do Governo do Brasil para a sua terra natal.

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