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Com a fuga dos turistas os povos indígenas estão se utilizando da internet para vender suas artes

Com o advento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), obrigou, de certa forma, todos a buscarem alternativas para diversos setores da vida. Com o trabalho não foi diferente. Pessoas e empresas tiveram que readequar suas formas de atuação, venda e divulgação de produtos. Em cidades grandes e pequenas, todos foram atrás dessas alternativas, que, quase sempre, têm a internet como maior facilitadora para alcançar suas finalidades.

Conforme o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no Brasil são cerca de 7.103 localidades indígenas, segundo dados divulgados em junho de 2020, e uma população de 896.917 indígenas contabilizados no último censo demográfico de 2010.

Povos indígenas que sobrevivem do comércio e turismo das cidades baianas, especialmente no sul e no extremo sul da Bahia, se viram sem fonte de renda com o início do isolamento social, em Porto seguro e Santa Cruz Cabrália, por exemplo, os turistas sumiram por causa do novo coronavírus. Com o comércio fechado, a forma para continuar o trabalho foi com o apoio da internet.

É o caso da família da jovem Estevita Queiroz, do balneário de Coroa Vermelha, no litoral sul do município de Santa Cruz Cabrália. Sua mãe, Celma Pataxó, costura e confecciona bolsas e mochilas para vender no comércio indígena local, mas precisamente no shopping a céu aberto da passarela de Coroa Vermelha. Como seus compradores são essencialmente turistas, com a chegada da pandemia ela ficou cerca de três meses com a produção parada e precisou do apoio da filha para continuar com as vendas.

“Essa foi a forma que encontramos para vender. Sempre trabalhei com isso, todos me conhecem pela costura, que herdei da minha mãe”, diz Celma, que já doou mais de 300 máscaras para as comunidades indígenas desde que começou a vender pelas redes sociais.

A jovem Estevita realiza a divulgação dos produtos no Instagram e consegue, dessa forma, garantir as vendas para a mãe. “Ela ficou completamente perdida com o fechamento do comércio”, conta. Os produtos são entregues via as agências dos Correios, para diversas cidades brasileiras.

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