Athylla Borborema apresenta tese inédita numa pós-graduação da FASB em Teixeira de Freitas

A banca examinadora de docentes do NUPPE – Núcleo de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da FASB – Faculdade do Sul da Bahia, em Teixeira de Freitas, concluiu e divulgou na manhã desta sexta-feira (10/12/2010), os resultados das pesquisas cientificas dos acadêmicos do curso de pós-graduação latu sensu em Docência do Ensino Superior, turma 2009/2010. Inclusive foi revelado o resultado da pesquisa cientifica estudada durante 16 meses como tese monográfica, desenvolvida pelo aluno Athylla Borborema Cardoso, que ganhou nota ótima com louvor do colegiado, formado por mestres e doutores de várias universidades da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais que lecionaram no curso e fizeram parte da comissão julgadora da tese cientifica defendida pelo especializando.
A pesquisa cientifica do aluno Athylla Borborema Cardoso, que é por formação, jornalista criminal e publicitário especializado em comunicação cientifica e em ciências forenses, convenceu o colegiado de professores sobre o seu estudo, que ganhou o tema central: “O Papel da Educação na Prevenção do Crime Fútil”, um assunto nunca antes pesquisado numa universidade baiana e em nenhuma outra instituição de ensino do Brasil que se tem conhecimento. O estudo identifica que 93% dos crimes de mortes tipificados como fútil pela autoridade policial e ministerial no Brasil, são cometidos por pessoas desprovidas de ensino educacional, mas para provar a defesa ao colegiado acadêmico da Faculdade, o aluno ouviu centenas de autores e autoridades penalistas, monitorou e estudou todos os crimes tipificados como fúteis que ocorreram nos 21 municípios da região administrativa do extremo sul da Bahia no período de março de 2009 a agosto de 2010, conseguindo provar sua defensiva.
Muito embora, Athylla Borborema defendeu na tese de sua especialização, que não se pode confundir motivo fútil com motivo injusto ou torpe. Explica que o motivo fútil é a razão subjetiva que, por sua insignificância, não justifica a prática da infração penal, que constitui qualificativa do homicídio e caracteriza circunstância agravante, a ponto de um analfabeto matar duas vezes por ter sido incapaz de diferenciar a sua imaginação da realidade. O seu exame monográfico é fruto de um estudo que representa uma amostra da pesquisa envolvendo um trabalho de campo a cerca da historiografia regional criminal e escreve sobre formação educacional e sua importância na vida humana como prevenção e sugere a escola como parceira no combate à violência e estabelece a docência sem preconceito. E se utiliza dos mesmos termos que se refere para exortar o significado da vida, do compromisso com a vida, com os humanos e com a humanidade, para iniciar a reflexão sobre formação, formação continuada, gestão do conhecimento e a educação como prevenção do crime.
Para a professora mestre Jessyluce Cardoso Reis, coordenadora geral do NUPPE da FASB e professora da Universidade Estadual de Santa Cruz e da Universidade Estadual da Bahia, o tema do aluno Athylla Borborema, mostrou a função da educação na vigilância e na solução da violência em seu estado puro, a vida e os crimes das pessoas que não têm o ensino básico e nem sentimento, daí á vida toda a vossa atividade, toda a vossa fé, todo o abandono sincero e desinteressado de vossas melhores energias.
“O nosso aluno Athylla Borborema foi aplicado, porque mergulhou nas criaturas vivas, no vivo e palpitante futuro humano, mostrando que a educação é ação e solução. Daí ele trouxe a importância da clareza sobre a formação educacional, em todos os tempos históricos em que se dá, à luz de que concepção se dá e a forma pela qual se dá. Daí, também, esclareceu a importância de uma formação cuja concepção forneça os elementos que permitam superar os limites da consciência ingênua, limitadora e servil, uma formação que possa permitir e sacudir a clareza do mundo comum e da realidade de todos. E perguntou, afinal, que é o homem? O que é a sociedade humano-social? Em resposta o homem pode se tornar, isso é, se o homem pode controlar seu próprio destino, se ele pode ‘se fazer’, se ele pode criar a sua própria vida. O estudo de Athylla Borborema deflagra a um debate sobre a formação continuada e gestão da educação”, diz a mestre Jessyluce Cardoso.
Para Marisa Valadares, mestre e doutora em educação, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo, que ministrou Didática-II na referida pós-graduação da FASB, em que o aluno titulado obteve nota-10 como resultado da sua disciplina, a pesquisa de Athylla Borborema coloca a sociedade diante de um criminoso ignorante que mata pela honra, originário de uma juventude que envelhece, à imaturidade é superada, a ignorância polida, a embriaguez superada, mas a estupidez dura para sempre. “Sirvo-me destas expressões contidas na dissertação no sentido em a que utiliza à sua época para, também, pensar a formação como fonte de vida, da inesgotável fonte de vida que instrumentaliza e permite as condições de viver ou reivindicar viver plenamente”, ressalta a doutora.
E acrescenta: “Trata-se de um trabalho, cuja tarefa não foi uma das mais fáceis, porque trouxe na essência, a marca indelével de seu autor, que notamos tratar-se de um estudo adequado àqueles que, no exaustivo trabalho operacional pela comunicação social e pelas ciências forenses, necessitam de informação precisa, sem delongas. De linguagem clara, simples e de técnica necessária à compreensão, indicando aspectos absolutamente necessários para que o operador da matéria trafegue, sem medo do equívoco, pelos caminhos não pouco tortuosos que a educação cientifica e o processo penal exigem do seu trabalhador. De raro prazer a tarefa, pois, o trabalho cientifico apresentado pelo aluno Athylla Borborema, só se ver em nível de tese de mestrado e nosso desejo mais sincero é de que todos se façam condôminos das informações que este estudo proporciona, e muito mais sucesso ao autor”, remata a doutora Marisa Valadares.
O mestre e doutor em educação cientifica pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor João Rodrigues Pinto, docente titular da Universidade Pitágoras e que chefiou a banca que examinou o estudo do aluno Athylla Borborema na pós-graduação latu sensu em Docência do Ensino Superior da FASB, descreveu a tese como um estudo ousado que defendeu sobre os aspectos técnicos e jurídicos da educação cientifica e o conjunto de conhecimentos das ciências forenses com a efetiva apreciação da criminalística sobre os mais bárbaros dos crimes contra vida, intitulada “O Papel da Educação na Prevenção do Crime Fútil”, com nota louvada, fruto de um serviço elaborado com vasta sustentação diante de importantes trabalhos de recolhimentos de depoimentos, pesquisas, entrevistas e estudos de processos jurídicos que revelam números assustadores sobre o crime de morte motivado pela futilidade por alguém que nunca encontrou o sentido da vida.
“Tive a satisfação de compor a banca que o examinou para sua classificação no curso. Fui à arguição já impressionado pelos argumentos escritos que lera em favor da afirmação dos regulamentos autônomos, especialmente agradado com a sistematização de seu estudo sobre o perfil do criminoso sem estudo que mata futilmente, embora discordando da tese que sustenta a presença dos regulamentos autônomos na constituição então vigente e, sentido a ausência de sustentação teórica no seu estudo, embora sendo um tema extremamente relevante, faltou trazer outros autores para contextualizar, considerando que o diálogo teórico é imprescindível numa tese cientifica”, ajuizou o professor.
E acrescentou: “No entanto, levando-se em conta a sua originalidade, sua unidade, seu compromisso com o curso e, sobretudo, o primeiro da turma a entregar o trabalho, fui examiná-lo em razão do vigor dos argumentos que apresentou. Essa convicção mais se acentuou com a defesa que Athylla Borborema fez do seu trabalho. Clara, límpida, segura, didática e escreve da mesma forma que se pronuncia: foi à impressão que recolhi de sua sustentação oral e descrita nos autos da pesquisa. Tal fato me permitiu que, desde então, reconhecesse em Athylla Borborema, um aluno de argumentos sólidos e lógicos e o sustentador que, convencido de seus fundamentos, debate com a certeza de quem conheceu o problema. Sua superior cultura, grau-dez sistemático, agudo, prático e com segura intuição, criaram esta pesquisa científica, que se impôs como modelo de todos os trabalhos congêneres, que não lhe podem esconder o reconhecimento da genialidade”, concluiu o mestre e doutor João Pinto.
Um artigo científico, resumo da tese monográfica do jornalista Athylla Borborema será publicado na revista acadêmica “Mosaico”. Ele comemorou a conquista da sua nota-9,0 e abrilhantou todos os seus professores, especialmente ao seu orientador João Pinto que teria lhe norteado de toda sabedoria necessária durante o estudo. Na próxima quinta-feira, dia 16 de dezembro de 2010, às 19h30, no auditório do Campus-I da FASB em Teixeira de Freitas, haverá a cerimônia de entrega dos diplomas dos aprovados na festejada pós-graduação. Entretanto, nem bem foi outorgado ao título de docente do ensino superior, Athylla Borborema acaba de ser selecionado pela Escola de Comunicação Social da PUC – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte, conforme publicação nesta última quinta-feira, dia 09 de dezembro de 2010, no portal eletrônico da instituição, para sua próxima especialização a partir de janeiro de 2011, que desta feita, será um mestrado stricto sensu em Jornalismo Científico.